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A transição energética e o futuro do setor de óleo e gás
Nos últimos anos, a discussão em torno da transição energética tem ganhado cada vez mais espaço no mundo corporativo. Com o aumento das preocupações ambientais, a busca por fontes de energia renováveis tem se intensificado e isso tem gerado impactos significativos em setores tradicionais, como o de óleo e gás.
Vale lembrar que essa substituição de energia já ocorreu anteriormente, como a transição da lenha para o carvão e do carvão para o petróleo. A diferença é que, dessa vez, trata-se de um movimento global em direção a fontes de energia mais limpas, como solar, eólica, hidrelétrica, entre outras.
O uso de combustíveis fósseis como principal fonte de energia diminuirá à medida que a eficiência dos veículos a gasolina melhorar e os veículos elétricos ganharem popularidade.
No entanto, mesmo com essa tendência, o petróleo e o gás continuarão a desempenhar um papel importante na economia global nos próximos 15 a 20 anos, segundo a Energy Outlook. Isso se deve ao fato de que a transição energética é um processo gradual e levará tempo até que as fontes renováveis de energia possam substituir completamente o petróleo e o gás.
Tecnologia e inovação
Em entrevista para o “Além da Superfície”, Edmar Almeida (Professor Adjunto do Instituto de Economia da UFRJ), afirma que: “Para você se preparar para esse contexto você precisa internalizar tecnologias e investir em inovação. Então, eu acho que o principal desafio é tecnológico, é de inovação, de capacidade de inovação.”
A transição energética não será instantânea, e sim progressiva. As empresas do setor estão investindo cada vez mais em tecnologias e inovações, ao mesmo tempo em que buscam maneiras de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa e aumentar sua eficiência energética. Inclusive, alguns grandes produtores de petróleo, como a BP (um dos maiores grupos de energia do mundo), já estão se afastando da exploração e produção de petróleo em favor de fontes de energia renovável.
Por isso, países que dependem do setor de óleo e gás para suas receitas, como os países membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), enfrentam riscos econômicos significativos se não se adaptarem às mudanças no mercado de energia.
O futuro
A transição energética está em andamento e o setor de óleo e gás precisa se adaptar a ela. O futuro do setor de óleo e gás ainda é incerto, mas já temos evidências de que essas mudanças certamente estão gerando um impacto significativo no setor e na economia global.
Podemos acrescentar a fala da Fernanda Delgado, Diretora Executiva Corporativa do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP): “A indústria de óleo e gás, participa em dois aspectos na transição energética: um fornecendo a segurança energética necessária para essa transição, e outro como um aporte de expertise, de financiabilidade e, em especial, da segurança energética.”
A adaptação a essa modificação é essencial para a sobrevivência da indústria e também uma oportunidade para investir em tecnologias e ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas e reduzir os efeitos das mudanças climáticas.
Leia também: Óleo e Gás: quais são os principais desafios do setor? – W6 Insights (w6industrydynamics.com)
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